Devido ao sucesso do primeiro webinar da Comissão Digital sobre trabalho remoto, um segundo encontro online debateu desafios para RH e líderes
Uma transformação no modo de trabalho das empresas prevista para cinco anos acontecendo em cinco dias. Esse é o impacto inicial que alguns especialistas têm avaliado diante do cenário do novo coronavírus. “É uma transição acelerada que faz com que as organizações pensem em como se adaptar, revendo a forma como trabalham e se definem”, avaliou o Coordenador da Comissão Digital, Xavier Leclerc (MOX Digital).
No âmbito da iniciativa Rede CCIFB contra Covid-19, as Comissões Digital e de Recursos Humanos e Formação Profissional, em parceria com a Templo – rede de inovação focada na transformação de organizações, pessoas e da sociedade – realizaram em março e abril dois webinars focados em trabalho remoto. A segunda edição deu ênfase a desafios específicos para a área de Recursos Humanos, Gestores e Líderes.
Para a Coordenadora da Comissão de Recursos Humanos e Formação Profissional, Pascaline Dalby (Safran), o momento é difícil e exige especialmente atenção dos profissionais de RH. “O foco é entender como as pessoas podem ser produtivas e criativas durante este momento de trabalho remoto, como manter uma saúde física e mental. É um momento totalmente novo. Por isso, é importante poder trocar experiências”, compartilhou.
Adaptação é uma prática
Tornar-se uma organização adaptável exige um plano de gestão e a implantação de uma cultura de adaptação. Para Herman Bessler, CEO e fundador da Templo, “o que estamos vendo hoje é um processo que já vinha acontecendo de transformação digital e cultural. Algumas empresas se anteciparam e outras não. O mais importante não é de repente virar digital, pois essa é a linha de base, mas sim, aprender a se adaptar. Se o mundo está mudando muito rápido, as organizações necessitam ser adaptáveis.”
Para o especialista, essa transição impacta também uma mudança de paradigma nas relações de trabalho que passa por confiança. “Esperamos que as pessoas ajam como empreendedoras em nossas empresas. Para isso, é preciso estabelecer acordos de confiança, o que não significa deixar de medir performance, mas medi-la a partir de entregas, e não através do tempo que se gastou para desempenhar cada tarefa”, completou.