O mercado brasileiro de fundos imobiliários soma uma capitalização de R$ 51 bilhões, com 419 fundos em operação, 173 deles registrados na B3. Há 25 anos em funcionamento, pois foi regulamentando em 1993, esse novo setor financeiro atinge hoje 317 mil investidores no País com um volume diário de transações da ordem de R$ 67 bilhões, considerado um bom nível de liquidez.
As informações são de Arthur Moraes, professor de finanças e apresentador do canal sobre fundos de investimentos imobiliários do site Infomoney. Junto com Ricardo Almeida, gestor do RBR Asset Management, os dois participaram, no dia 22 de maio, da última reunião conjunta da Comissão Imobiliária e do Comitê Observatório Econômico da Câmara de Comércio França-Brasil de São Paulo (CCIFB-SP).
Moraes tratou sobretudo das vantagens do investimento em fundos imobiliários. A primeira delas é que com apenas R$ 153,00 uma pessoa já pode comprar uma cota nos melhores fundos do mercado, o que vai garantir um retorno em média de R$ 0,75 por mês ao aplicador. Além disso, esse tipo de modalidade financeira permite acesso a imóveis de alta qualidade, baixo custo de transação, boa liquidez e isenção do Imposto de Renda.
O professor disse ainda que, apesar dos preços apresentarem alto índice de oscilação, a distribuição de renda é constante, com um retorno em torno de 0,48% ao mês. A volatilidade das cotas se deve mais às alterações nas taxas de juros no Brasil do que à administração em si da carteira de investimento.
Já Almeida, como gestor da RBR Asset Management, afirmou que a montagem de um fundo de investimento começa a valer a pena com um capital mínimo de R$ 50 milhões, já que os custos fixos anuais de um fundo costumam girar em torno de R$ 300 mil, sobretudo para o pagamento de prestadores de serviços, como o administrador, o custodiante e o consultor imobiliário.
O gestor do RBR Asset Management afirmou ainda que uma carteira de fundo imobiliário pode ser composta por três tipos de contratos de aluguel. O primeiro é o Típico, formado pelos acordos regidos pela lei do inquilinato. O segundo é o Atípico, formado pelos acordos com tempo mínimo de 10 anos e garantia de pagamento integral mesmo com saída antecipada. O terceiro é de shopping, no qual o pagamento do aluguel pode ser trocado pelo percentual do faturamento da loja, caso seja um valor superior.
De maneira geral, Almeida recomenda que um investidor analise três fatores básicos antes de aplicar seus recursos num fundo de investimento imobiliário: a qualidade do ativo, o preço e o risco de crédito. Sem esquecer também de avaliar o Custo de Reposição, ou seja, quanto custaria construir novamente aquele imóvel no mesmo local e com o mesmo padrão.