De acordo com pesquisa realizada pela Aon, consultoria de riscos, benefícios e capital humano, o plano de saúde é o benefício mais caro para as empresas. Cerca de 70% já redesenham o modelo. Para Francisco Bruno, especialista em avaliação de benefícios, incluindo desenho e redesenho, avaliações atuariais de passivo de saúde, estudos de viabilidade de benefícios flexíveis, as organizações precisam ter em mente três importantes dimensões que envolvem o que é urgente, importante e relevante.
Segundo Bruno, na dimensão da urgência é importante analisar o modelo de financiamento, renegociar ou trocar a operadora, fazer a revisão da rede referenciada e o possível compartilhamento de custos com o colaborador. Também ressaltou que é preciso mitigar os passivos atuariais e controlar a sinistralidade. Os profissionais responsáveis pela gestão dos benefícios precisam olhar para todos esses pontos agora, tentando identificar os passivos e depois criar mecanismos para mitigar.
Bruno foi convidado pela comissão Mundo do Trabalho da Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB-SP), no dia 14 de julho. O último encontro debateu ações estratégicas para aumentar a competitividade das empresas e pode ser lido aqui. Na dimensão do que é importante, o especialista destacou: o uso da tecnologia como apoio à gestão da saúde, definição de indicadores que visem garantir a estabilidade do programa, conhecimento do perfil de saúde da população e a formação de uma cultura de saúde na organização.
Na dimensão do que é relevante, Bruno aponta uma mudança de mindset do usuário para parceiro da organização e gestor da sua saúde. Segundo ele, o RH ganha ainda mais força dentro das empresas e ressalta que no longo prazo, as organizações precisam estabelecer programas de comunicação direta com os colaboradores de forma constante, fomentar a formação de multiplicadores e criar mecanismos de incentivo financeiro e outros mecanismos.