Brasil vai confirmar na Europa compromissos com meio ambiente

Segundo Roberto de Souza, secretário do Ministério do Meio Ambiente, taxa de desmatamento do País, incluindo a Amazônia, é de apenas 0,002%. Desde o Acordo de Paris, o País já reflorestou e restaurou 11,4 milhões de hectares. O reflorestamento já está próximo do compromisso, acordado para somente 2030. O acordado, no entanto, é o reflorestamento de 12 milhões.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil, apesar de ser o segundo maior produtor de alimentos do mundo, está em sexto lugar no ranking de uso de defensivos agrícolas. E o mais importante: o Governo Federal vai confirmar os protocolos de meio ambiente de entrada na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tantos nos Estados Unidos quanto na Europa.

As informações são de Roberto Castelo Branco Coelho de Souza, secretário de Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente. O diplomata, que já trabalhou na Organização das Nações Unidas (ONU), participou da última reunião da Eurocâmaras realizada na Câmara de Comércio Internacional França-Brasil de São Paulo (CCIFB-SP), no dia 6 de setembro. O último encontro da entidade com uma autoridade foi com Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.

Redução do desmatamento no país foi proporcional a 6 bilhões de CO2 equivalentes, afirma secretário do Meio Ambiente

Cerca de 66% do território brasileiro é composto por florestas protegidas. Do valor,  14% são de reservas indígenas para abrigar uma população de 850 mil nativos. Em emissão de gases do efeito estufa – que contribuem para o aquecimento global, o Brasil com 2,5% do total do planeta está bem atrás da China (29%), Estados Unidos (15%), Rússia (7%) e Índia (6%). Apenas 0,8% do CO2 vem das matas em território nacional. Desde 2015, o País reduziu 35% dos gases de efeito estufa. Roberto de Souza esclarece que os focos de queimadas na Amazônia boliviana e brasileira são comuns nas estações secas e teve forte reação de combate por parte do governo.

Segundo o secretário, a redução do desmatamento no Brasil desde o Protocolo de Kyoto foi proporcional a 6 bilhões de CO2 equivalentes. Isso significaria, a preços atuais, que o País teria a receber US$ 30 bilhões das nações poluidoras. Para ele, sem esses recursos, a única saída para a população de 25 milhões de pessoas que vive na Amazônia seria um programa de desenvolvimento sustentável, com a regulação de atividades como garimpo, pecuária e agricultura.

Brasil é um dos únicos países a cumprir compromisso com o meio ambiente

Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), confirmam que o Brasil, a China e o Japão são as únicas nações que cumprem os compromissos do Acordo de Paris, assinado na Europa em 2015. Para o secretário, isso confirma que o País vai cumprir os futuros protocolos ambientais da OCDE.

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