Cultura organizacional: os impactos do modelo híbrido de trabalho

Você já parou para pensar o que os colaboradores esperam do trabalho, após meses trabalhando de forma remota? Segundo o estudo do Institute for Business Value (IBM), realizado em 2020 com mais de 1.500 executivos de Recursos Humanos globais entrevistados em 20 países, incluindo o Brasil, 52% gostariam de continuar trabalhando em casa ou com idas ocasionais ao local de trabalho. Outro dado relevante é que 86% afirmaram que seja obrigatório o teste de COVID-19 para todos os funcionários e um reporte dos casos positivos.

 

As informações foram apresentadas João N. Roncati, CEO da People Startegy Consultoria Empresarial, durante live da comissão Mundo do Trabalho da Câmara de Comércio França-Brasil, no dia 11 de junho. Roncati também destacou que 58% dos entrevistados a COVID-19 impactou na saúde mental de um ou mais familiares. Segundo ele, a pandemia mudou completamente a forma de trabalhar e de se relacionar dos colaboradores. O especialista disse, ainda, que mitos e tabus foram derrubados como, por exemplo, a necessidade de supervisão direta, o dress code e que a família e o trabalho não combinam.

 

Entre os pontos de atenção, Roncati sinalizou que a geração Y e Z com maiores dificuldades de se adaptar ao trabalho remoto do que a geração X, os distratores foram reduzidos, mas piorou significativamente a qualidade dos relacionamentos, o espaço privado está perigosamente invadido pelo trabalho e a necessidade humana de convívio social. De acordo com o especialista, é essencial ter um olhar atento a todas essas mudanças e uma escuta ativa para alinhar enxergar possíveis impactos negativos e adaptar os novos modelos à cultura organizacional. O último encontro da comissão debateu sobre a saúde mental e pode ser lida aqui.

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