ENGIE fomenta debate sobre o ‘novo normal’ no Dia do Meio Ambiente

Em Live, empresa discutiu a retomada econômica pós-Covid à luz da sustentabilidade e de boas práticas empresariais


A ENGIE Brasil celebrou o Dia do Meio Ambiente (5/6) com uma uma live especial sobre a retomada econômica no pós-Covid. O que esperar do novo normal em meio às mudanças globais? Quais serão os aprendizados para a retomada para seguir na direção de um novo modelo econômico, mais ambiental, inclusivo e social?

Para abordar os diferentes aspectos do tema, Gil Maranhão Neto, diretor de Comunicação e Responsabilidade Social Corporativa da ENGIE Brasil, conduziu a live, que contou com a participação de três especialistas no assunto: Rose Mirian Hofmann, secretária de Apoio ao Licenciamento Ambiental e à Desapropriação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia; Maya Colombani, diretora de Sustentabilidade da L’Oréal; e Gleice Donini, superintendente de Sustentabilidade na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão.

De acordo com Maranhão, a pandemia atingiu a demanda por energia, conforme divulgou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que prevê a retirada de 5 GW médios da trajetória da demanda por energia elétrica. Será que a oferta futura de energia elétrica será mais renovável e mais limpa? É o que se espera. Há, por exemplo, muitos projetos eólicos e solares prontos para serem oferecidos em leilão para contratação, mas faltam projetos hidrelétricos, que além de serem fonte de energia limpa e renovável, são excelentes vetores de desenvolvimento econômico e social, além de firmarem as fontes intermitentes”, disse.

Nos panoramas global e local, alguns movimentos caminham em direção à ampliação das fontes de energia mais limpas, sendo que alguns já vinham acontecendo antes da crise do COVID. Por exemplo, a demanda global de carvão caiu no primeiro trimestre de 2020, segundo Maranhão. Assim como pela primeira vez, em 50 anos, as fontes renováveis ultrapassaram o carvão. Além disso, empresas de petróleo do upstream já vinham se comprometendo com a implementação de projetos em energia limpa.

Nesse contexto, a ENGIE não está parada. A empresa já traçou seus objetivos não financeiros globais até 2030. Serão 19 temas que a companhia vai priorizar para efetuar melhorias com base nos pilares da sustentabilidade: Pessoas, Planeta e Performance – que englobam metas para emissões de gases de efeito estufa, diversidade, consumo de água, biodiversidade, saúde e segurança do trabalho, combate à fraude e corrupção, entre outros. As metas globais para 2030 para os objetivos ligados a emissões de gases de efeito estufa, diversidade de gênero e participação de energia renovável no mix total já foram divulgadas na Assembleia de Acionistas de 14 de maio:

– Emissões: redução de 149 Mt (2016) para 43Mt (80 Mt em 2019)

– Diversidade: aumento de 24% de mulheres na força de trabalho (2019) para 50%

– Energia Renovável no mix total: 20% (2016) para 58% (28% em 2019)

 

Construção de um futuro sustentável

Como representante da empresa líder no mercado de cosméticos, Maya, da L’Oréal, fez uma profunda análise sobre a pandemia. Segundo ela, a Covid-19 expôs as diferenças sociais, agravou a desigualdade social, aumentou a violência contra a mulher, e as empresas devem contribuir com o seu papel perante à sociedade, principalmente neste momento de vulnerabilidade, realizando ações em parceria. “A gente espera das grandes empresas é que promovam uma sociedade mais inclusiva. Temos um trabalho de longo prazo para transformar a cadeia de valor e gerar um impacto positivo com diálogo social com as nossas comunidades”, destacou.  

Para a  L’Oréal, que tem a sustentabilidade em seu DNA, a pandemia foi uma aceleradora de compromissos. “Não há futuro para as empresas sem sustentabilidade”. O caminho da sustentabilidade, segundo Maya, se faz com parceria, quando todos os parceiros se juntam em um objetivo comum para construir um caminho de solidariedade.  

No pós-pandemia, a L’Oréal pretende construir a beleza do futuro, que deve ser inclusiva, sustentável e responsável, com o apoio à economia circular, o desenvolvimento de programas de empoderamento da mulher, diminuição da desigualdade, entre outros.  

Em relação aos compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa, a L’Oréal em parceria com a ENGIE Brasil, por meio do projeto eólico de Trairi, reafirmou seu comprometimento com a sustentabilidade, o que contribui para que a empresa atinja seu objetivo de zerar as emissões de CO2 referentes ao consumo de energia em suas unidades.

Projetos do governo

No escopo do governo federal, Rose Hofmann disse que a área de PPI trabalha com a visão de longo prazo, tendo como prioridade que toda a carteira de projetos avaliados seja responsável ambientalmente e socialmente. “Nessa linha, uma das bandeiras do governo é a poluição na área urbana”, disse. Segundo a secretária, apesar de a poluição ter diminuído durante a pandemia, continua sendo uma pauta prioritária.

Com relação aos setores da economia que tiveram desaquecimento, de acordo com Rose, a área de PPI passou a focar no planejamento, para que no pós-crise os programas  fiquem mais qualificados e maduros, tendo a articulação de todos os ministérios setoriais.

Em relação aos projetos do PPI, a secretária citou que houve reforço da carteira na área de saneamento. Já no setor de transportes, um dos programas pretende viabilizar o transporte hidroviário. Rose também citou outros destaques da carteira do PPI com relação à exploração de recursos florestais de forma responsável em Humaitá, Iquiri e Castanho, além de projetos na área de turismo, quando a atividade econômica voltar ao normal, como o Parque Nacional de Jericoacoara (CE), Lençóis Maranhenses (MA) e o Parque Nacional do Iguaçu (PR).  

Empresas sustentáveis ganham visibilidade nos investimentos

Para Gleice, a crise da Covid trará vários aprendizados para as empresas na forma de fazer negócios. “Em todo contexto que vivemos, há uma mudança de paradigma, o trabalho remoto que será incorporado no dia a dia, a redução das emissões de gases de efeito estufa com o isolamento. A pandemia muda a visão de como fazer negócios daqui para frente”, disse.  

No mercado financeiro, o perfil de investidores em bolsa de valores tem mudado ao longo dos anos. Segundo Gleice, ultimamente, há ingresso de pessoas mais jovens na faixa entre 25 e 39 anos, que consideram os quesitos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) entre as empresas que escolhem investir. “Quando pegamos esse recorte, 77% dos jovens consideram essas questões ESG em suas decisões de investimentos”,

A superintendente da B3 destaca que a bolsa de valores tem o papel de indução do mercado, no sentido de trazer para discussão temas importantes da sustentabilidade, como trabalhar com a oferta de produtos e serviços dentro dos pilares ESG. Como exemplo, ela citou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e o Índice de Carbono Eficiente (ICO2).

No caso do ISE, a carteira é composta por 30 empresas brasileiras, listadas na B3,  de 15 setores econômicos, que têm compromisso com as boas práticas de sustentabilidade. A ENGIE é uma dessas companhias que compõe o ISE, presente no índice desde o início seu lançamento, em 2005.

“O investidor tem gerado potencial de mudança no mercado, a partir da sua estratégia de investimento que reflete positivamente nas boas práticas da empresa. A mudança demonstra que a carteira ISE obteve menos perdas na pandemia, com 19%, enquanto que a carteira Ibovespa caiu 24%”, exemplificou. 

^