Ética além do compliance nas organizações

De acordo com o Dr. Daniel S. Lacerda, doutor em Estudos Organizacionais pela Lancaster University (UK), MSc em Management pela FGV e engenheiro pela Poli (USP), há vários exemplos de perspectivas éticas para justificar moralmente uma ação. Segundo ele, são quatro as principais: o egoísmo ético, quando realizo aquilo que for melhor pra mim, o utilitarismo ético, quando procuro fazer aquilo que vai ser o melhor para o maior número de pessoas, o legalismo, quando procuro pelas normas e procedimentos, independente do contexto, e o contratualismo ético quando tento fazer aquilo que as pessoas esperam que eu faça.

 

Lacerda participou de live da Comissão Mundo do Trabalho no dia 4 de novembro. Para o especialista, é fundamental ter sempre em mente que a argumentação ética é individual. Ressaltou também que uma das questões mais importantes é saber se os nossos códigos de ética nos ajudam sempre a saber qual é a melhor decisão. O último encontro do grupo debateu o intraempreendedorismo como estratégia para desenvolver pessoas e uma cultura de inovação. Veja aqui o conteúdo completo.

 

Entre as principais criticas que se fazem em relação aos códigos de ética empresarial são, de acordo com Lacerda: que os códigos só contemplam uma parte da realidade, a burocratização dos códigos de ética ajuda a desresponsabilizar, em vez de sensibilizar para as questões éticas e a ética como procedimento provoca pouco engajamento nas organizações. Um dos grandes desafios é sensibilizar e mobilizar os profissionais.

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