De acordo com Fabricio Bertini Pasquot Polido, sócio do L.O. Baptista Advogados, há uma tendência global crescente dos acordos comerciais regionais. Segundo ele, em meados de 1990, o número de acordos era de cerca de 50. Em 2021, já passam de 300. Polido participou de live da comissão de Comércio Exterior da Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB-SP), no dia 26 de outubro.
O especialista destacou três principais áreas do Deep Trade Agreements (DTAs): direitos de integração econômica (circulação livre, regras tarifárias, vistos e asilos), apoio aos direitos de integração econômica (regras de origem, regras alfandegárias, remédios comerciais, e a melhoria de bem-estar social ou do consumidor (meio ambiente, trabalho, regras concorrenciais).
Polido também destacou o avanço do Acordo sobre Comércio Eletrônico no Mercosul. Entre as regras estabelecidas sinalizou: a confiança digital entre consumidores e empresas, a proibição de imposição de direitos aduaneiros sobre transmissões eletrônicas, aceitação e validade de assinaturas digitais e a livre transferência de informações por meios eletrônicos para fins comerciais.
Sobre as relações comerciais entre a França e o Brasil, o advogado ressaltou algumas questões legais que devem ser observadas. Em relação às perspectivas diplomática e institucional estão a negociação de um acordo expandido na área de comércio digital, aproveitando a trajetória de cooperação em matérias civil e comercial, a cooperação reforçada de autoridades na área de proteção de dados e o intercâmbio de experiências comas áreas legislativas.
Na perspectiva empresarial, Polido sinalizou os projetos de adequação e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), autorregulamentação e intercâmbio de experiências em matéria digital e comércio eletrônico a projetos de adequação em plataformas digitais e segurança cibernética.