A polarização verificada nas eleições de 2018 no Brasil entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Bolsonarismo deve se manter até o pleito de 2022. Com a volta dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a disposição do atual governo pela reeleição é muito difícil que uma terceira via consiga de viabilizar em apenas um ano e meio.
As informações são de Carlos Melo, Cientista Político, mestre e doutor pela PUC-SP, durante live do Canal Aberto e do Observatório Econômico da Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB-SP), realizada no dia 23 de junho. Segundo Melo, a pandemia da COVID-19 apenas intensificou alguns processos disruptivos que vinham ocorrendo na sociedade global. Entre eles, a digitalização e a crise nas instituições democráticas. O último encontro contou com a participação do governador Doria e pode ser lido aqui.
O professor acredita que ainda não há um diagnóstico preciso das causas e efeitos dessas mudanças, o que impede, obviamente, um claro programa de enfrentamento. O especialista pensa que uma reforma política não é adequada neste momento. Uma vez que mudanças na legislação eleitoral foram recentemente aprovas em 2017. Para ele, há necessidade de testar se essas alterações irão realmente funcionar e quais eventuais medidas de correção serão necessárias.