São Paulo Webinar
Explorando o Programa PIPE: inovação e desenvolvimento para pequenas empresas
Webinar organizado pela Réseau PME explica como o programa da FAPESP oferece suporte financeiro e estratégico para projetos inovadores em pequenos
A CCIFB-SP, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e com o suporte de sua Réseau PME, realizou no dia 20 de agosto o webinar "Diálogos sobre Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) FAPESP". Criado em 1997, o PIPE apoia empresas com até 250 funcionários através de recursos não-reembolsáveis, destinados ao desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas em diferentes estágios de maturidade.
Os palestrantes convidados foram Patrícia Pereira Tedeschi, gerente de Pesquisa pela Inovação da FAPESP, e Rodolfo Jardim Azevedo, Coordenador Geral de Tecnologias, Inovação e Parcerias da FAPESP.
Patrícia destacou que a FAPESP é uma importante agência de financiamento para pesquisas científicas e tecnológicas, atuando tanto em instituições acadêmicas quanto em empresas. Azevedo acrescentou que o PIPE é uma das suas principais linhas de financiamento voltadas para inovação em pequenas empresas. O programa se divide em várias fases para atender diferentes estágios de desenvolvimento de projetos. O PIPE Start, voltado para a fase de concepção, oferece até R$ 110.000,00. Já o PIPE Fase 1 e Fase 2 são direcionados para desenvolvimento e prova de conceito, com financiamentos que podem chegar a R$ 300.000,00 e R$ 1,5 milhão, respectivamente. “O PIPE é desenhado para oferecer suporte financeiro significativo, permitindo que as empresas explorem novas ideias e desenvolvam soluções tecnológicas avançadas”, comentou. Ele também mencionou o PIPE Invest, que pode fornecer um match fund de até R$ 1,5 milhão se a empresa conseguir um investidor interessado, e o PIPE TC, que apoia a transferência de conhecimento de instituições de pesquisa para empresas.
A avaliação dos projetos PIPE considera aspectos como o desafio tecnológico proposto, a equipe envolvida e a metodologia a ser empregada. O convidado enfatizou a importância de um planejamento detalhado: "o projeto deve abordar claramente o problema a ser resolvido e indicar um plano robusto para alcançar os objetivos propostos". Além disso, abordou a questão da propriedade intelectual, afirmando que é essencial que a empresa tenha o direito de explorar comercialmente as inovações resultantes do projeto.
As vantagens de participar do Programa PIPE são várias. O financiamento permite que as empresas desenvolvam projetos sem a necessidade de aporte financeiro adicional, o que reduz significativamente o risco financeiro associado à pesquisa e desenvolvimento. “Com o PIPE, as empresas podem contar com um financiamento que cobre totalmente os custos do projeto, permitindo que se concentrem na inovação sem se preocupar os limites do orçamento”, destacou o palestrante. Além disso, o programa não exige que os proponentes tenham títulos acadêmicos específicos, o que o torna acessível para mais empreendedores e pesquisadores.
O impacto do Programa PIPE no cenário científico paulista e brasileiro é relevante. Ao apoiar a inovação tecnológica em pequenas empresas, o PIPE contribui para o fortalecimento do ecossistema de pesquisa e desenvolvimento no Estado de São Paulo, que representa uma parte significativa da pesquisa nacional. “O PIPE é fundamental para a nossa missão de fomentar a inovação e a competitividade empresarial, contribuindo para o avanço da ciência e da tecnologia no Brasil”, enfatizou Azevedo. O programa ajuda a transformar ideias inovadoras em produtos e processos concretos, promovendo não apenas o crescimento das empresas, mas também o progresso científico e tecnológico em nível estadual e nacional.
Além disso, o Programa PIPE tem mostrado um impacto positivo contínuo ao longo dos anos, apoiando muitos projetos e empresas em diversas áreas do conhecimento. Como destacou o convidado, “o crescimento no número de projetos financiados ao longo dos anos, mesmo com as oscilações econômicas e todos os desafios, demonstra o compromisso da FAPESP com a inovação e a pesquisa aplicada”. As histórias de sucesso de empresas que utilizaram o PIPE exemplificam como o programa pode impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a expansão internacional das empresas, mostrando a eficácia do suporte oferecido.
O Programa PIPE também é um catalisador importante para a colaboração entre empresas e instituições de pesquisa, promovendo a transferência de conhecimento e tecnologia. Azevedo ressaltou que “a colaboração com instituições de pesquisa não só fortalece o desenvolvimento dos projetos, mas também amplia o impacto da inovação, beneficiando todo o ecossistema de pesquisa”. Essa sinergia entre setor empresarial e acadêmico é crucial para enfrentar desafios tecnológicos e criar soluções inovadoras que podem ter um impacto duradouro no mercado. Finalmente, o PIPE contribui para o fortalecimento da infraestrutura de pesquisa e inovação no Brasil, ajudando a construir um futuro mais tecnológico e promissor para o país.