Rio de Janeiro Eventos
Michel Provost lança "E o Canto das Baleias Azuis Tornou-se Mais Grave"
O livro utiliza a metáfora do canto das baleias, para tratar das dificuldades de comunicação em uma relação
Michel Provost, membro do Conselho da CCIFB-RJ e ex-diretor executivo, lançou no dia 10 de abril, na Bibliomaison, o livro “E o Canto das Baleias Azuis Tornou-se Mais Grave”. A obra, uma peça teatral publicada em duas versões — português e francês —, traz em sua dramaturgia a dificuldade de comunicação conjugal, usando como metáfora os cantos das baleias azuis — um olhar original, poético e cientificamente fundamentado.
Sinopse
Após quinze anos de casamento, um engenheiro acústico especializado em águas profundas e uma designer de interiores encontram-se em uma relação à deriva, em um silêncio avassalador. O que acontece quando o idioma do outro se torna incompreensível?
Movidos por uma urgência invisível, o casal se lança em um jogo de reconexão, um experimento emocional onde cada tentativa de diálogo é um mergulho no desconhecido. Em meio a fragmentos de memória, e palavras não ditas, eles oscilam entre o desejo de resgatar o que foi perdido e a inevitabilidade da mudança.
Será possível redescobrir a sintonia que um dia os uniu? E se a resposta para o abismo entre eles estivesse justamente na linguagem das baleias azuis que ele estuda e cujo canto (frequência) tornou-se mais grave?
Nesta travessia poética entre realismo e imaginação, a peça nos convida a navegar pelos mistérios da comunicação humana, onde convivem conflito e cumplicidade, dor e humor, ternura e ausência — em um oceano de palavras que ora se encontram, ora se perdem.
O Autor e a Obra
Michel Provost, engenheiro francês radicado no Brasil há quase três décadas, passeia entre o rigor técnico e a sensibilidade da escrita. O que começou como uma reflexão íntima ressurge no palco, onde duas personagens tentam se reencontrar em um jogo de escuta e redescoberta, onde coexistem dor, poesia, humor e ternura.
A peça conduz o espectador entre realismo e imaginação, alternando fragmentos de memória e diálogos não lineares, desvendando os vazios e as frequências perdidas de um relacionamento. No centro da jornada, a linguagem das baleias torna-se espelho e metáfora: será possível mudar a própria frequência para alcançar o outro?
Michel Provost nos guia por águas calmas e tempestades emocionais até um desfecho inesperado — um canto mais grave, profundo e humano.