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Publicações - Comissão Comércio Exterior | A internacionalização de empresas brasileiras para a França: atrativos e desafios
Palestrantes mostram facilidades e vantagens para abrir negócios na França; reformas tornaram país mais atrativo
Em webinar realizado no dia 30 de junho, a Comissão de Comércio Exterior da Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB) trouxe quatro palestrantes, que mostraram como o país europeu é um destino atraente para empresas brasileiras que desejam expandir seus negócios. A mediação do evento foi realizada pela líder da Comissão, Sueli de Freitas Veríssimo, e pelo seu vice-líder, Cyprien Hoffet.
Simon Commeignes, diretor de investimentos para América Latina da Business France, apresentou uma série de dados comprovando que a França deve ser olhada com atenção por companhias que pretendem investir no mercado europeu.
“Faz quatro anos seguidos que a França é o país da Europa que mais recebe investimentos. Em relação às nações latino-americanas, é o terceiro destino, atrás somente de Espanha e Portugal”, disse.
Commeignes lembrou que a França tem 67 milhões de consumidores, acrescido do mercado da União Europeia, com mais de 500 milhões de habitantes. Quebrando mitos, o executivo disse que o governo francês realizou reformas para diminuir a carga tributária.
“A carga tributária de Portugal e dos Estados Unidos é maior. O custo de energia é o mais baixo da Europa”, destacou.
Marcela Zia, diretora da MZ International Trade, disse que uma das vantagens da internacionalização é diversificar receitas e reduzir riscos, diminuindo a dependência da economia local. “Se há uma crise no mercado interno, a empresa vai ter alternativas”, explicou.
Além disso, há maior acesso a tecnologias e matérias-primas – o que pode diminuir custos. Outro fator positivo é o aumento do conhecimento e da reputação da marca. Marcela frisou também que produtos exportados se beneficiam de desoneração fiscal – especificamente PIS, Cofins, ICMS e IPI.
Mas por que exportar para a França? A especialista em gestão de negócios internacionais afirmou que o país tem uma economia forte, com mercado consumidor sofisticado e rico: “Existem políticas governamentais de apoio ao investimento estrangeiro. Além disso, França e Brasil têm fortes laços culturais”.
Segundo a palestrante, o Brasil ainda exporta pouco para a França, por isso há espaço para crescimento, principalmente de produtos de valor agregado. “Existe falta de cultura exportadora, estrutura interna profissional e desconhecimento de incentivos recentes”, salientou.
Em seguida, o webinar trouxe exemplos de dois empreendimentos que encararam o desafio da internacionalização e apostaram no mercado francês: a healthtech Portal Telemedicina, plataforma de teleconsultas, diagnóstico, inteligência artificial e gestão de dados; e a cafeteria gourmet The Coffee.Paris.
“Nossa intenção é abrir portas para a Europa. Vamos inaugurar um centro de pesquisa e desenvolvimento na França. Existem regiões do país que têm falta de acesso à saúde, por isso também vamos trazer a plataforma”, disse Alexandre Barral, gerente de pesquisa e desenvolvimento do Portal Telemedicina
Antigo engenheiro da Renault, Manoel Lupion é o responsável pela área de expansão da The Coffee.Paris, que começou em Curitiba, em 2018, e, hoje, está presente em 12 países, com mais de 200 lojas – duas delas na França.
“No mercado europeu, a França está se destacando por seu crescimento e se tornou a menina dos olhos dos fundadores da marca”, disse Lupion.
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