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Como o Grupo Carrefour Brasil está redesenhando a cadeia alimentar alinhado à agenda climática

Comitê independente, Fundo de Florestas, programas de rastreabilidade da carne e pactos com fornecedores: conheça algumas das iniciativas da varejista

Com metas ambiciosas de descarbonização, combate ao desmatamento e regeneração dos sistemas produtivos, o Grupo Carrefour Brasil aposta na força da governança e da colaboração para transformar o varejo alimentar em vetor de ação climática.

As mudanças no clima e a perda de biodiversidade desafiam a sobrevivência de sistemas produtivos - especialmente os alimentares. É urgente fortalecer formas de produzir com responsabilidade e preservar recursos e, nesse cenário, o setor privado tem papel decisivo, especialmente empresas capazes de influenciar cadeias, estimular práticas regenerativas e liderar a transição para sistemas mais sustentáveis.

O Grupo tem um papel ativo nessa agenda. Com uma estratégia climática integrada ao negócio, conecta metas ambientais ambiciosas a ações concretas de descarbonização, conservação e regeneração - sempre apoiado em governança robusta e parcerias que envolvem produtores, indústrias e sociedade civil.
 

Governança como motor da agenda climática

O Comitê de Florestas, criado em 2022, é o centro dessa governança. Composto por executivos e especialistas independentes em clima e biodiversidade, o comitê prope medidas, desafia políticas e orienta investimentos estratégicos.

"Ter um fórum com vozes externas exige maturidade e abertura", comenta Susy Yoshimura, diretora sênior de sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil. "É admitir que ainda há desafios, mas que existe clareza sobre o que já foi feito e sobre o que ainda precisa ser transformado."

Da atuação do comitê surgiram iniciativas que estruturam a agenda florestal do Carrefour, como o Fundo de Florestas, que destinará R$ 50 milhões até 2027 a projetos de agricultura regenerativa, sociobiodiversidade e conservação na Amazônia, e apoios a iniciativas da sociedade civil, como MapBiomas, que aprimoram a rastreabilidade da cadeia da carne e o monitoramento do uso da terra.

Com o Fundo de Florestas, o Carrefour apoia projetos que conciliam conservação e geração de renda. Iniciativas como Café Apuí Agroflorestal e Florestas de Valor, em parceria com Idesam e Imaflora, fortalecem comunidades locais, impulsionam bioeconomias e restauram áreas degradadas. E o programa Floresta Faz Bem leva produtos da sociobiodiversidade - como açaí, pimentas, chocolates e shakes proteicos feitos com ingredientes nativos - às prateleiras, conectando conservação à oportunidade de mercado. Iniciado em três lojas piloto, ele expandirá para 14 unidades até o fim deste ano.
 

Carne bovina: rastreabilidade e colaboração com o campo

A cadeia da carne é eixo crítico da agenda ambiental. Desde 2010, o Carrefour adota uma política rigorosa de compra responsável, que proíbe o abastecimento de carne proveniente de áreas desmatadas.

Essa política é reforçada por um sistema de geomonitoramento que cobre 100% das fazendas fornecedoras diretas, em todos os biomas brasileiros. A cada lote entregue, o grupo realiza checagem dupla, cruzando dados de satélite e informações oficiais para identificar e bloquear fornecedores ligados a desmatamento, invasão de terras indígenas, embargos ambientais ou trabalho irregular.

Em 2024, mais de 31 mil fazendas foram analisadas, totalizando 24,6 milhões de hectares monitorados. Em 2025, o Carrefour tornou-se a única varejista a aderir ao Programa Pecuária Sustentável do Pará, política pública que implementa a rastreabilidade individual de todo o rebanho do estado até 2026. Com investimento de R$ 10 milhões, o Grupo apoia o uso de brincos eletrônicos, chips e assistência técnica para pequenos e médios produtores, fortalecendo a regularização das fazendas e a produção de baixo impacto.


Engajamento de fornecedores e descarbonização em escala

A transformação começa pelos 100 principais fornecedores globais da empresa, responsáveis por 11% das emissões de escopo 3 (indiretas). Além disso, o Carrefour global lançou o Pacto da Transição Alimentar, iniciativa que reúne outros quase 400 fornecedores, globais ou locais, em torno de planos de ação climática e alimentar, com expectativa de alcançar 500 fornecedores até 2030.

Na prática, isso significa reduzir emissões na produção de alimentos, eliminar o desmatamento em cadeias críticas (como carne bovina, soja, cacau e papel) e fomentar práticas de agricultura regenerativa e de baixo carbono, mostrando que transformação sistêmica é possível quando indústria, varejo e produtores atuam juntos.

Nessa jornada, o Carrefour não se limita a cumprir compromissos ambientais: busca transformar seu modelo de negócio em plataforma de impacto. Ao conectar rastreabilidade, engajamento setorial e soluções regenerativas, a companhia mostra que a ação climática deve ser sistêmica, envolvendo indústria, produtores, consumidores e comunidades.

"Cuidar da biodiversidade é cuidar da nossa própria capacidade de produzir e consumir", resume Yoshimura. "É disso que depende o futuro da alimentação e o futuro de todos nós."

 

Fonte: https://capitalreset.uol.com.br/conteudo-patrocinado/como-o-grupo-carrefour-brasil-esta-redesenhando-a-cadeia-alimentar-alinhado-a-agenda-climatica/

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