São Paulo Entrevistas
Comunicação com propósito: a visão de Ana Celia Biondi na CCIFB-SP
Conheça a nova VP de Comunicação e saiba sobre as suas expectativas à frente do cargo
Diretora-geral da JCDecaux Brasil e apaixonada pela França, Ana traz mais de 20 anos de experiência para ampliar a visibilidade da CCIFB, fortalecer sua presença institucional e aproximá-la ainda mais do público e das empresas
À frente da JCDecaux Brasil, onde é diretora-geral, Ana Celia Biondi construiu uma trajetória marcada pela experiência no setor de mídia urbana e por uma forte conexão com a França. Economista de formação, ela começou a carreira no mercado financeiro, mas foi no universo da propaganda OOH (Out of Home), área em que já atua há mais de 20 anos, que encontrou sua verdadeira paixão.
Agora, Ana Celia assume o desafio de assumir a vice-presidência de Comunicação da Câmara de Comércio França-Brasil em São Paulo. Nesta entrevista, ela compartilha suas ideias, planos e prioridades para fortalecer a imagem e ampliar a presença da instituição. Sua chegada também simboliza um momento importante: pela primeira vez, a diretoria da CCIFB-SP tem metade de seus cargos ocupados por mulheres, o que representa um passo importante em direção a mais diversidade e representatividade. Confira:
Você poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória até chegar à vice-presidência de Comunicação da CCIFB-SP?
Sou formada em economia, morei 5 anos na Suíça trabalhando em banco e, quando voltei, descobri a minha vocação: o mercado de OOH, mais precisamente o Mobiliário Urbano. De lá para cá já são mais de 20 anos junto com a JCDecaux, primeiro como sócia e depois como DG do Brasil.
Quais são suas principais metas e prioridades na condução da comunicação institucional da CCIFB-SP?
A CCIFB-SP tem muito a dizer e muitas histórias para contar, e precisamos investir nessa comunicação. Ainda há quem não saiba o que a Câmara faz, e outros sequer conhecem a instituição, mesmo com seus 125 anos de existência! É fundamental falar para “fora”, nos conectar com um público que possa se engajar e aproveitar os benefícios oferecidos. Começamos com uma campanha de OOH, nos relógios de SP, para gerar conversa e dar visibilidade à marca em uma mídia de massa, em uma ação que será recorrente. Paralelamente, estamos reestruturando nossas redes sociais para explorar melhor o potencial dessas ferramentas, que hoje têm enorme alcance e influência.
Como você vê o papel da instituição para as empresas francesas instaladas no Brasil?
A Câmara deve ser percebida como uma instituição parceira, que colabora com as empresas em suas conexões. Ela deve facilitar caminhos compartilhando conhecimento, afinal, conhece bem o país e é muito bem relacionada. Deve também ser um ponto de contato para empresas brasileiras que tenham interesse em se conectar com a França ou com as empresas francesas que estão no Brasil. Outro ponto que acredito que é muito importante é a promoção das relações sociais entre os dirigentes franceses e os brasileiros.
Conte um pouco de sua relação com a França e como ela está presente no seu dia a dia.
Como DG de uma empresa francesa, a França faz parte do meu dia a dia. Temos um estreito contato com a matriz em Paris e trocamos experiências e expertise constantemente. Além disso, por ter orgulho da empresa, de seus valores e objetivos, acabei desenvolvendo uma relação emocional bastante forte com o país.
O que você mais gosta naquilo que faz?
Trabalho em uma empresa com um modelo de negócio virtuoso, o que é muito gratificante. Participamos da vida cotidiana das pessoas e ajudamos a tornar as cidades mais inclusivas e acolhedoras por meio do fornecimento de nossos mobiliários, o que considero incrível. Também gosto muito de lidar com pessoas e de contribuir para o desenvolvimento de suas carreiras. Acredito que, como mulher gestora, tenho um papel relevante nesse processo.
A área corporativa foi, por muito tempo, dominada por homens em cargos de liderança. O que você acredita ter mantido as mulheres afastadas dessas posições e o que está mudando para aumentar essa presença?
Havia uma questão cultural que atribuía a homens e mulheres papéis bem definidos. O homem era o provedor e a mulher, a guardiã da família e da casa. Isso perdurou por muito tempo e moldou o mercado de trabalho por muitos anos. Hoje essa separação não existe mais, mas para que isso se reflita nos números, na presença feminina no mercado e, consequentemente, na alta gestão, é preciso tempo. Avançamos bastante, mas ainda há muito a fazer, e esse processo depende tanto dos homens quanto das mulheres.
