São Paulo Atualidade das empresas
Energia renovável é imã para empresas que querem entrar no Brasil, diz Schneider Electric em evento do Valor/Amcham
Segundo Thomas Kwan, durante evento do Valor em parceria com a Amcham em Nova York, ainda há um gargalo em conseguir distribuir a energia limpa
A energia renovável é um grande valor agregado para empresas que querem entrar no Brasil, segundo Thomas Kwan, vice-presidente de inovação da Schneider Electric. "Isso é uma espécie de imã", afirmou no "Brazil-US Energy and Tech Forum 2025", realizado nesta segunda-feira em Nova York pelo Valor em parceria com a Amcham. Segundo Kwan, ainda há um gargalo em conseguir distribuir a energia limpa. Daqui em diante, acredita, a questão será menos sobre infraestrutura tradicional e mais sobre infraestrutura digital construída pensando em eliminar gargalos. E o lado da demanda pode ser importante nisso, acrescentou.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil assinou um memorando com a Schneider Electric para avançar na descarbonização no Brasil.
A situação geopolítica atual, com conflitos e tarifas, gera incertezas, segundo Roman Kramarchuck, head de transição energética da S&P Global, afirmou no mesmo painel.
A situação impacta a adoção de tecnologias de energia limpa em relação a combustíveis fósseis. “Em um momento que (Donald) Trump busca a dominância na energia ele vai buscar onde os Estados Unidos dominam, que é no combustível fóssil, gás natural e petróleo", afirmou. De acordo com o executivo, existem diferenças, globalmente, nos investimentos em energias renováveis. No Brasil, por exemplo, o Rio de Janeiro está apostando na diversidade energética, segundo Marcelo Felipe Alexandre, subsecretário adjunto de economia do Mar do Estado do Rio de Janeiro. Há desde energia solar até nuclear. E a aposta é na sinergia, segundo o subsecretário. "Tem academia junto com a indústria e governo discutindo a transição energética", destacou.