Rio de Janeiro Energies renouvelables - Développement durable - Environnement

Parcerias e legados da sustentabilidade

 

Evento com Ilona Szabó promove debate sobre desafios frente a mudanças climáticas e importância da cooperação

 

No dia 22 de agosto, a CCIFB do Rio de Janeiro realizou, no auditório do Siqueira Castro Advogados, o evento “Parcerias e legados da sustentabilidade: encontro com Ilona Szabó”, ação que integra a agenda de trabalho da Comissão de Sustentabilidade e ESG da CCIFB-RJ.

A Presidente do Instituto Igarapé destacou a importância da cooperação diante dos atuais desafios no contexto das mudanças climáticas. Entre as iniciativas, Ilona apresentou o “Pacto pelas pessoas e o planeta”, formado por metas com objetivo de promover a transição tanto de atores da esfera pública quanto privada para uma economia circular, de impacto positivo nas finanças, no meio ambiente e social.

“Não há desenvolvimento sustentável sem pensarmos nas questões climáticas e na formação de uma agenda robusta, com a participação do setor público, privado e sociedade civil”, afirmou.

Outros destaques foram as oportunidades do Brasil frente à liderança da Cúpula da Amazônia, do Encontro do G20 no Rio em 2024 e da COP 30 em Belém em 2025.

“O Brasil tem potencial para liderar essa agenda sobre questões globais de sustentabilidade. Parcerias entre os setores privado, público, terceiro setor e associações como a Câmara de Comércio e Industria França-Brasil são chave nesse contexto. Eventos como esse, com compartilhamento de expertises e reflexões inspiracionais, participam dessa dinâmica”, complementou Patrick SabatierPresidente da CCIFB do Rio de Janeiro.

 

Painel reúne representantes de empresas CCIFB

Representantes de grandes companhias da rede CCIFB, as participantes do painel de debates abordaram ações concretas e debateram estratégias voltadas a temáticas como transição energética, soluções baseadas na natureza, mudanças climáticas, economia circular, desafios de regulamentação e governança, diversidade e inclusão.

Comprometida em acelerar a transição para uma economia neutra em carbono, a ENGIE atua no Brasil com foco em investimentos em fontes renováveis e infraestrutura de energia. Globalmente, a empresa possui a meta de ser Net Zero Carbon até 2045. Um dos pontos levantados no debate destacou a importância de ações integradas aos espaços de atuação da empresa.

“Nossa preocupação é conectar a transição energética com a gestão territorial cada vez mais presente, emancipadora, abrangendo e acolhendo as nossas comunidades do entorno”, explicou Flávia Teixeira, Gerente de Meio Ambiente, Responsabilidade Social Corporativa e Transição Energética na ENGIE Brasil.

Líder no segmento de beleza no mundo, a L’Oréal Brasil incorpora a sustentabilidade na estratégia do negócio. Desde 2020, o programa global “L’Oréal Para o Futuro” atua para acelerar a transformação da companhia no enfrentamento de desafios sociais e ambientais.

“Quando começamos a conectar a crise climática com uma visão para Direitos Humanos e olhando para as pessoas, podemos pensar como uma empresa de beleza pode construir uma jornada de enfrentamento a esses desafios”, pontuou Helen Pedroso, Diretora de Responsabilidade Corporativa e Direitos Humanos da L’Oréal Brasil. Ela apresentou um conjunto de ações lideradas pelo Grupo na redução de impactos ambientais, promoção da diversidade e inclusão.

A economia circular é uma das estratégias da Michelin para alavancar iniciativas de impacto positivo. Bruna Mesquita, Gerente de Sustentabilidade da Michelin para América do Sul, trouxe para discussão os desafios nesse contexto. Ela citou como exemplo o projeto coletivo “Juntos pelo extrativismo da borracha na Amazônia”, que atua para resgatar a cadeia produtiva da borracha na região, conservando a floresta e o fortalecimento das populações locais por meio de uma economia de valorização da sociobiodiversidade. “Por meio de mecanismos de desenvolvimento sustentável é que iremos proteger a biodiversidade, combater as mudanças climáticas e trazer o core do nosso negócio”, concluiu.

Para encerrar o debate, Simone Paschoal Nogueira, Sócia e coordenadora da área Ambiental do Siqueira Castro Advogados, pontuou avanços importantes na legislação ambiental. Ela destacou o momento de aceleração da regulamentação de medidas e normas.

“Hoje, temos uma prática muito mais efetiva e um dos motivos é que a regulação da redução da emissão de gases do efeito estufa, sempre importante, mas um pouco distante no Brasil, neste cenário de mudança possa ser divulgada antes da COP 28, nos Emirados Árabes, em novembro deste ano”, enfatizou.

O evento ainda abriu espaço para perguntas e interações. “Saímos do encontro com pistas concretas de atuação conjunta a partir do Rio de Janeiro, onde foi fundada nossa associação em 1900. A Câmara reitera seus agradecimentos a todas as palestrantes e ao escritório Siqueira Castro Advogados por sua acolhida”, finalizou Jaqueline Saad, Diretora da CCIFB-RJ.