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CCIFB-SP promove webinar sobre modelagem e gestão de condições precedentes em operações de M&A

Evento da Comissão Legal abordou a importância da preparação estratégica, financeira e jurídica para o sucesso de transações de fusões e aquisições.
A CCIFB-SP, por meio de sua Comissão Legal, realizou um webinar dedicado ao tema “Modelagem e Gestão de Condições Precedentes em Operações de M&A”, reunindo especialistas para uma análise aprofundada sobre como essas etapas influenciam diretamente o êxito das transações de fusões e aquisições.
O encontro teve como foco a definição das condições precedentes, o acompanhamento de seu cumprimento até o fechamento da operação e a possibilidade de renúncia de uma ou mais dessas condições, a partir de uma visão integrada que contempla aspectos financeiros, de negócios e jurídicos — todos considerados fundamentais para operações de M&A bem-sucedidas.
Durante o webinar, a advogada sênior da Chenut, Antônia Bethonico Guerra Simoni, explicou que as condições precedentes são mecanismos contratuais utilizados para endereçar riscos identificados pelas partes envolvidas na operação. “São condições estabelecidas para serem cumpridas, via de regra, até o fechamento, com o objetivo de alocar riscos entre a assinatura do contrato e o fechamento. Trata-se de eventos ou obrigações analisados de forma multidisciplinar”, destacou.
Complementando essa visão, o diretor da GlobalTrevo, Gustavo Lepore, ressaltou que o conceito de precedência deve ser analisado de maneira mais ampla dentro do processo de M&A. Segundo ele, é fundamental compreender não apenas as condições precedentes previstas no contrato, mas também as etapas que antecedem a própria operação. Sob a ótica do vendedor, enfatizou a importância de uma preparação prévia adequada, que inclua o entendimento do valor de mercado da empresa, de seus diferenciais competitivos e de eventuais fragilidades, como passivos fiscais ou trabalhistas.
Gustavo destacou ainda que o processo de M&A tende a ser longo e complexo, especialmente para o vendedor, exigindo alto grau de organização e transparência. “Quanto mais exposto a potenciais passivos e quanto menos preparado para o processo de M&A o vendedor estiver, maiores tendem a ser as exigências em um contrato de compra e venda, especialmente no que diz respeito às condições precedentes antes do fechamento da operação”, observou.
Na mesma linha, o diretor de M&A do Grupo Rede Mais, André D’Aquino, reforçou que, do ponto de vista do vendedor, a preparação adequada contribui para a maximização do valor da empresa. Já sob a perspectiva do comprador, empresas que chegam ao processo com questões trabalhistas, tributárias e de governança bem estruturadas tornam-se ativos mais atrativos. “Isso permite contratos mais simples e, muitas vezes, com menos condições precedentes”, afirmou.
Assista o evento na íntegra: