São Paulo Entrevistas

Gestão, liderança e visão internacional: a atuação de Giliane Coeurderoy na CCIFB-SP

Saiba como a VP da CCIFB-SP pretende fortalecer a gestão financeira e apoiar projetos estratégicos da Câmara

 

Com sólida carreira no setor bancário e trajetória consolidada no Grupo Crédit Agricole, Giliane Coeurderoy atua para fortalecer a gestão financeira da Câmara, apoiar projetos estratégicos e estreitar relações empresariais entre França e Brasil.

 

Nova vice-presidente e tesoureira da CCIFB-SP, Giliane traz mais de 30 anos de experiência no setor bancário, com atuação em diferentes países e expertise em Administração de Empresas, Finanças e Tributação Internacional. Sua trajetória internacional e sólida carreira no Grupo Crédit Agricole a prepararam para fortalecer a gestão financeira da Câmara e apoiar projetos estratégicos para os associados.

Ao longo da carreira, passou por diversos setores do grupo bancário, do varejo ao Corporate & Investment Banking, e atuou em países como Congo, Itália e Brasil. Sua experiência internacional também a aproximou da cultura francesa, o que contribui para estreitar a ponte entre empresas e instituições dos dois países.

Agora, à frente da Tesouraria da CCIFB-SP, ela compartilha seus planos e prioridades para a área financeira, comenta sobre o papel da Câmara no fortalecimento das relações empresariais entre França e Brasil e reflete sobre liderança feminina e diversidade. Confira:

 

 

1. Poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória profissional até chegar à Tesouraria da CCIFB-SP?
Tenho mais de 30 anos de experiência no setor bancário, com formação em Administração de Empresas, Finanças e Tributação Internacional. Ao longo da minha carreira, ocupei diversas posições no Grupo Crédit Agricole, tanto na área de varejo quanto no Corporate & Investment Banking, atuando em diferentes países como Congo, Itália e Brasil.

Quando estava na Itália, conheci a Câmara de Comércio França-Itália e passei a atuar como conselheira. Fiquei muito feliz quando o presidente da CCIFB-SP, Thierry Besse, me convidou para integrar a diretoria como vice-presidente e tesoureira. Tenho certeza de que minha experiência contribuirá para o desenvolvimento das atividades da Câmara, sempre em benefício dos nossos associados em todos os locais onde a instituição está presente.

 

2. Quais são suas principais metas e prioridades à frente da sua área na CCIFB-SP? Poderia compartilhar algumas iniciativas ou novidades previstas para os próximos meses?
Minha primeira ação foi analisar e entender o funcionamento das finanças da Câmara para ter uma visão clara da situação atual. Posso confirmar que a saúde financeira é boa, mesmo após uma reforma importante em 2024, parcialmente financiada por doações de nossos associados.

Minhas metas incluem reconstruir a tesouraria positiva, que foi utilizada para financiar parte das reformas, além de buscar fontes de melhoria e novas oportunidades, apoiando projetos da Diretoria e do Conselho de Administração.

 

3. Como você vê o papel da CCIFB-SP no fortalecimento das relações empresariais entre França e Brasil, especialmente em um ano tão significativo para os dois países, com a Temporada Cultural e os 200 anos de relações diplomáticas?
Queremos manter o máximo de intercâmbio possível entre as duas comunidades. Estamos acompanhando a iniciativa de organizar mensalmente almoços-debate com convidados brasileiros do setor público e privado para discutir temas relevantes, alinhados à atualidade de ambos os países.

Também buscamos estruturar uma oferta adaptada a cada grupo de associados, respondendo melhor às necessidades de todos e sendo concretos no nosso acompanhamento, como comissões temáticas. Trabalhamos em paralelo com diferentes entidades da “Team France” para identificar temas que atendam aos interesses de representantes dos dois países. Com o ano do Brasil na França e o da França no Brasil, as oportunidades foram muitas. Todos esses encontros acontecem em um clima muito cordial e acolhedor, demonstrando a excelente relação franco-brasileira.

 

4. Conte um pouco sobre sua relação com a França e como isso influencia sua atuação profissional no Brasil.
Conhecer melhor a cultura dos parceiros facilita a comunicação e fortalece as relações pessoais e institucionais. Trabalhar fora do país de origem desenvolve a capacidade de adaptação e ensina humildade e respeito pela alteridade.

Como já trabalhei em diferentes países, adquiri habilidades para atuar como ponte entre culturas, no meu caso, a francesa e a do país onde estou. Isso permite desmontar preconceitos, explicar e defender as particularidades culturais e extrair o melhor de cada uma.

 

5. A presença feminina em cargos de liderança tem crescido, mas ainda existem barreiras. Na sua visão, o que precisa mudar para que mais mulheres avancem em suas carreiras, e que conselhos daria às que almejam posições de liderança?
Houve progressos, mas ainda são insuficientes. Ao ritmo atual, a igualdade de gênero só seria alcançada em 300 anos! É preciso acelerar as medidas que promovem a igualdade e, sobretudo, mudar mentalidades. As mulheres devem ser apoiadas para progredir de forma contínua ao longo da vida profissional, independentemente dos acontecimentos pessoais.

Meu principal conselho é que as mulheres confiem em si mesmas, se candidatem aos cargos que desejam, fortaleçam sua rede de contatos e se apoiem mutuamente.

 

 

TODAS AS PUBLICAÇÕES