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Evento traz perspectivas e insight sobre ESG, comunicação assertiva e liderança eficaz

Palestrantes convidados pela Comissão Mundo do Trabalho destacam a importância da ética, da comunicação e da liderança no contexto empresarial atual

O tema “Desvendando o impacto transformador: ESG, Comunicação Assertiva e Liderança Eficaz” foi discutido em evento realizado pela Comissão Mundo do Trabalho em 20 de março. Os palestrantes convidados são Silvio Soledade, Marta Gucciardi e Lylian Toledo, da Human Bridge, e a mediação foi da Vice-líder da Comissão, Raquel Busnello. A líder, Sara Behmer, também esteve presente.

Para Marta Gucciardi, a inovação que as empresas buscam não precisa estar ,necessariamente, ligada à tecnologia. No entanto, ela está obrigatoriamente relacionada às pessoas – é o que acontece com as iniciativas ESG (Environmental, Social and Governance, em inglês). Uma vez que a siga significa meta e métrica, como incorporar essas estratégias ao negócio? “Tudo envolve riscos e oportunidades”, afirma. “A primeira coisa a se fazer é determinar os riscos e verificar as oportunidades de melhoria e inovação que a empresa possui. Tudo isso dentro do maior pilar ESG, que é a ética.” Marta explica que a implementação de uma estratégia ESG requer planejamento de longo prazo, uma vez que traz mudanças profundas à empresa. Além disso, o envolvimento da liderança é essencial: “é pelo líder que tudo começa. Se não houver comprometimento por parte de quem comanda a empresa, nada acontece. Nesse aspecto, habilidades de comunicação, capacidade de gestão de mudanças, pensamento estratégico e tomada de ações com base em ética são elementos essenciais para liderar um time”, acrescenta a palestrante.

Uma vez que se fala em pessoas, é natural que surjam dúvidas e desafios. Para facilitar e engajar as equipes, Marta cita exemplos de empresas que implementaram incentivos e reconhecimentos de boas práticas, inclusive com bônus atrelados a bons desempenhos em ações ESG. Já sobre os desafios mais comuns enfrentados pelas organizações estão a resistência às mudanças e o orçamento limitado. “Muitas vezes há verba de sobra para outras áreas e projetos, mas quase nada para ESG. As empresas precisam entender que o resultado só virá quando houver investimento de fato”, observa. De acordo com ela, boa parte dos desafios podem ser superados com comunicação transparente, uma abordagem gradual e que envolva toda a equipe. O mesmo se aplica ao envolvimento dos stakeholders, que precisam contribuir durante todo o processo. “Gosto de comparar a pauta ESG à filosofia ubuntu, que se refere, essencialmente, a uma pessoa com consciência de que é parte de algo maior e coletivo. Ou seja, é algo que precisa de todos para dar certo. Mais do que isso: é algo que tem começo, mas não tem fim”, finaliza Marta.

Liderança eficaz – Na sequência, o convidado Silvio Soledade falou sobre as habilidades necessárias para uma liderança de efeito. Segundo ele, é preciso unir três qualidades: flexibilidade, integridade e consistência. “Tudo começa pela liderança”, diz. “Justamente por isso, precisamos desmistificá-la. Há todo um caminho a ser percorrido para que uma pessoa se torne um líder de sucesso. Ou seja, não é uma habilidade nata. Ela se constrói por duas vias: o medo dos subordinados ou o compartilhamento de conhecimento. Claro que preferimos esta última.” Silvio comenta que o perfil de liderança buscado atualmente foge da perfeição, ou seja, as empresas buscam alguém que não necessariamente saiba de tudo, mas que seja autêntico. A vulnerabilidade dá á liderança muito mais oportunidades de desenvolvimento, que podem, consequentemente, gerar engajamento nas equipes. “As empresas querem alguém que engaje pelos exemplos, e não pelo discurso. Isso porque a fala pode ter mil e uma interpretações. Já os atos, não.”

Em tempos de crise, a liderança pode fazer toda a diferença. Como já havia mencionado Marta, Silvio ressalta que tempos difíceis precisar, mais do que nunca, ser pautados pela ética. “É ela que baliza a tomada de decisões de forma responsável, especialmente sob pressão. Temos vários exemplos de empresas e líderes que tomara decisões equivocada, isso em vários ramos de atividade. Mas há momentos em que se deve liderar como CPF, e não como CNPJ, ou seja, os valores devem falar mais alto do que possíveis ganhos imediatos.” A relação tempo X dinheiro, aliás, é apontada por ele como fator que pode complicar a aplicação de estratégias, ainda mais as que levam tempo para dar resultado, como as ESG. “Às vezes, o gestor precisa ter logo o retorno dos investimentos feitos pela empresa. A equidade de gênero e as práticas sustentáveis, por exemplo, não são ajustadas da noite para o dia. Nisso, a liderança muda e sempre se volta para o ponto de partida. As empresas precisam avaliar e investir com seriedade nas mudanças que realmente desejam fazer”, completa.

Comunicação assertiva – “Quer uma estratégia para fazer seu ESG maior e melhor? Invista em comunicação”, diz a terceira convidada, Lylian Toledo. De acordo com ela, as pessoas se comunicam usando quatro linguagens: pessoal (criando conexão significativa com o outro), analítica (buscando clareza e tendo preocupação com dados e fatos), funcional (usando maneira lógica e processual) e intuitiva (não se prendendo a detalhes, preferindo um quadro geral da situação). Sabendo disso, diz ela, o primeiro passo para a comunicação eficaz é o autoconhecimento. “Na comunicação de liderança, esses perfis se misturam, ou seja, o bom líder sabe o momento em que cada um deles funciona melhor.” Lylian acrescenta que a comunicação é uma habilidade que pode e deve ser desenvolvida: “tudo começa quando se decide usar todos os artifícios de que dispomos. O bom líder é aquele que decidiu ser bom.”

 

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Evento traz perspectivas e insight sobre ESG, comunicação assertiva e liderança eficaz

Palestrantes convidados pela Comissão Mundo do Trabalho destacam a importância da ética, da comunicação e da liderança no contexto empresarial atual

O tema “Desvendando o impacto transformador: ESG, Comunicação Assertiva e Liderança Eficaz” foi discutido em evento realizado pela Comissão Mundo do Trabalho em 20 de março. Os palestrantes convidados são Silvio Soledade, Marta Gucciardi e Lylian Toledo, da Human Bridge, e a mediação foi da Vice-líder da Comissão, Raquel Busnello. A líder, Sara Behmer, também esteve presente.

Para Marta Gucciardi, a inovação que as empresas buscam não precisa estar ,necessariamente, ligada à tecnologia. No entanto, ela está obrigatoriamente relacionada às pessoas – é o que acontece com as iniciativas ESG (Environmental, Social and Governance, em inglês). Uma vez que a siga significa meta e métrica, como incorporar essas estratégias ao negócio? “Tudo envolve riscos e oportunidades”, afirma. “A primeira coisa a se fazer é determinar os riscos e verificar as oportunidades de melhoria e inovação que a empresa possui. Tudo isso dentro do maior pilar ESG, que é a ética.” Marta explica que a implementação de uma estratégia ESG requer planejamento de longo prazo, uma vez que traz mudanças profundas à empresa. Além disso, o envolvimento da liderança é essencial: “é pelo líder que tudo começa. Se não houver comprometimento por parte de quem comanda a empresa, nada acontece. Nesse aspecto, habilidades de comunicação, capacidade de gestão de mudanças, pensamento estratégico e tomada de ações com base em ética são elementos essenciais para liderar um time”, acrescenta a palestrante.

Uma vez que se fala em pessoas, é natural que surjam dúvidas e desafios. Para facilitar e engajar as equipes, Marta cita exemplos de empresas que implementaram incentivos e reconhecimentos de boas práticas, inclusive com bônus atrelados a bons desempenhos em ações ESG. Já sobre os desafios mais comuns enfrentados pelas organizações estão a resistência às mudanças e o orçamento limitado. “Muitas vezes há verba de sobra para outras áreas e projetos, mas quase nada para ESG. As empresas precisam entender que o resultado só virá quando houver investimento de fato”, observa. De acordo com ela, boa parte dos desafios podem ser superados com comunicação transparente, uma abordagem gradual e que envolva toda a equipe. O mesmo se aplica ao envolvimento dos stakeholders, que precisam contribuir durante todo o processo. “Gosto de comparar a pauta ESG à filosofia ubuntu, que se refere, essencialmente, a uma pessoa com consciência de que é parte de algo maior e coletivo. Ou seja, é algo que precisa de todos para dar certo. Mais do que isso: é algo que tem começo, mas não tem fim”, finaliza Marta.

Liderança eficaz – Na sequência, o convidado Silvio Soledade falou sobre as habilidades necessárias para uma liderança de efeito. Segundo ele, é preciso unir três qualidades: flexibilidade, integridade e consistência. “Tudo começa pela liderança”, diz. “Justamente por isso, precisamos desmistificá-la. Há todo um caminho a ser percorrido para que uma pessoa se torne um líder de sucesso. Ou seja, não é uma habilidade nata. Ela se constrói por duas vias: o medo dos subordinados ou o compartilhamento de conhecimento. Claro que preferimos esta última.” Silvio comenta que o perfil de liderança buscado atualmente foge da perfeição, ou seja, as empresas buscam alguém que não necessariamente saiba de tudo, mas que seja autêntico. A vulnerabilidade dá á liderança muito mais oportunidades de desenvolvimento, que podem, consequentemente, gerar engajamento nas equipes. “As empresas querem alguém que engaje pelos exemplos, e não pelo discurso. Isso porque a fala pode ter mil e uma interpretações. Já os atos, não.”

Em tempos de crise, a liderança pode fazer toda a diferença. Como já havia mencionado Marta, Silvio ressalta que tempos difíceis precisar, mais do que nunca, ser pautados pela ética. “É ela que baliza a tomada de decisões de forma responsável, especialmente sob pressão. Temos vários exemplos de empresas e líderes que tomara decisões equivocada, isso em vários ramos de atividade. Mas há momentos em que se deve liderar como CPF, e não como CNPJ, ou seja, os valores devem falar mais alto do que possíveis ganhos imediatos.” A relação tempo X dinheiro, aliás, é apontada por ele como fator que pode complicar a aplicação de estratégias, ainda mais as que levam tempo para dar resultado, como as ESG. “Às vezes, o gestor precisa ter logo o retorno dos investimentos feitos pela empresa. A equidade de gênero e as práticas sustentáveis, por exemplo, não são ajustadas da noite para o dia. Nisso, a liderança muda e sempre se volta para o ponto de partida. As empresas precisam avaliar e investir com seriedade nas mudanças que realmente desejam fazer”, completa.

Comunicação assertiva – “Quer uma estratégia para fazer seu ESG maior e melhor? Invista em comunicação”, diz a terceira convidada, Lylian Toledo. De acordo com ela, as pessoas se comunicam usando quatro linguagens: pessoal (criando conexão significativa com o outro), analítica (buscando clareza e tendo preocupação com dados e fatos), funcional (usando maneira lógica e processual) e intuitiva (não se prendendo a detalhes, preferindo um quadro geral da situação). Sabendo disso, diz ela, o primeiro passo para a comunicação eficaz é o autoconhecimento. “Na comunicação de liderança, esses perfis se misturam, ou seja, o bom líder sabe o momento em que cada um deles funciona melhor.” Lylian acrescenta que a comunicação é uma habilidade que pode e deve ser desenvolvida: “tudo começa quando se decide usar todos os artifícios de que dispomos. O bom líder é aquele que decidiu ser bom.”