O nível de endividamento público das economias globais está em patamares que não se via desde o pós Segunda Guerra Mundial. Não à toa, dívida pública muito alta reduz a possibilidade de manobra dos bancos centrais. Nos próximos cinco anos, essa preocupação fiscal vai fazer parte do cenário mundial. As afirmações são de Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco. Mesquita participou de live do Canal Aberto da Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB-SP), no dia 6 de julho.
Sobre os avanços da política econômica brasileira, Mesquita enfatizou como positivo a aprovação do marco regulatório do setor de saneamento para atrair investimentos, mas não visualiza um crescimento exponencial na área de infraestrutura. O economista também vê com dificuldade o avanço da aprovação das reformas. Segundo ele, o prazo é curto por conta do recesso e das eleições.
De acordo com Mesquita, as concessões dos Correios e da Eletrobrás podem sair, mas o prazo também está apertado. Outro ponto destacado é a abertura comercial. Para ele, o grande acordo que seria com a União Europeia está fortemente ameaçado por conta da imagem ambiental negativa do Brasil. Sobre o racionamento de energia, o economista sinalizou que há possibilidade, mas que é muito cedo para afirmar. O último encontro do Canal Aberto contou com a participação de Gilberto Kassab e pode ser lido aqui.