Saiba como preparar a sua empresa para o mundo BANI

O famoso conceito de mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) perdeu o lugar diante dos desafios impostos pela pandemia da COVID-19. As organizações precisam lidar agora com o mundo BANI (frágil, ansioso, não-linear e incompreensível), conceito desenvolvido pelo antropólogo norte-americano Jamais Cascio. Para lidar com esse cenário tão complexo, as lideranças do novo normal precisam de cinco atributos: elevado grau de autocontrole, discernimento, objetivos claros, apaziguador e comprometimento.

 

As características essenciais de autonomia foram apresentadas pela Renata Charutte, fundadora da consultoria Essentia Developing Talents, durante live da comissão Mundo do Trabalho, realizada no dia 4 de março. O último encontro debateu os atributos da liderança e o conteúdo pode ser lido aqui. Segundo ela, o protagonismo deve ser entendido como atitudes conscientes, que partem de um indivíduo maduro e responsável por suas ações, disposto a conduzir sua própria vida em uma direção moral. Para Renata, o papel da liderança é de agente transformador e que tem coragem para deixar a zona de conforto.

 

A especialista também apresentou pesquisa do LinkedIn realizada em vários países que mostrou que 63% dos brasileiros entre 18 e 34 anos se declaram absolutamente obedientes no trabalho. Na França, por exemplo, o número cai para 19%. Para ela, o número é preocupante, pois os indivíduos obedientes são aqueles que executam ordens, que cumprem fielmente a regra. São profissionais que apenas obedecem e sentem-se totalmente isento de qualquer responsabilidade pelos próprios atos.

 

De acordo com Renata, um líder protagonista e autônomo precisa ter um autoconhecimento para poder entender suas habilidades e qualidades e, principalmente, saber reconhecer as necessidades. Não à toa, segundo ela, a cultura organizacional também tem um papel essencial nessa jornada de aprendizado do mundo BANI, pois os avanços só poderão ser realizados em conjunto.

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