Inovação aberta: quais os benefícios e como implantar nas empresas

Confira as dicas para inovar de forma colaborativa, fomentando ecossistemas e cadeias de negócio

 

Criar as melhores condições para inovar é o objetivo de toda organização que deseja gerar valor e posicionar sua atuação de forma diferenciada. Para isso, apostar somente no modelo tradicional de inovação corporativa aquele desenvolvido e liderado por equipes internas de ponta a ponta , tem se mostrado insuficiente, especialmente diante do atual cenário de aceleradas transformações. Na busca por soluções, novas ideias e maior viabilidade financeira, empresas estão com olhar cada vez mais amplo, colaborativo e diversificado. 

É neste horizonte que a inovação aberta ganha espaço para desenvolver oportunidades por meio da conexão colaborativa entre empresas, startups, empreendedores e instituições públicas com a proposta de criar produtos, serviços e processos inovadores.

Para Hector Gusmão, CEO e cofundador da Fábrica de Startups Brasil aceleradora corporativa que desenvolve inovação para grandes empresas a partir das startups a inovação aberta traz capilaridade de ideias e projetos que aumentam as chances de desenvolver soluções para atender aos desafios das organizações. “Hoje, são cerca de 100 milhões de startups criadas por ano no mundo. Não faz mais sentido as empresas acharem que sozinhas estão competindo e desenvolvendo inovação”, conta.

De acordo com o especialista, o principal benefício da inovação aberta é a velocidade no desenvolvimento de soluções em menor custo e maior ganho de competitividade. “Trazer capital intelectual para dentro das companhias, desenvolver e testar soluções internamente são ações que geram custos bastante elevados. Ao se conectar com redes de pessoas que estão criando com poucos recursos e de forma rápida e dinâmica, a organização tem um menor impacto financeiro, permitindo fazer mais com menos”, ressalta. 

 

4 etapas para implantar a inovação aberta na sua empresa

Tem interesse em implantar um programa de inovação aberta na sua empresa? Confira as principais etapas: 

1 – Encontrar iniciativas que sensibilizem o corpo executivo 

Esta sensibilização pode ser feita de diferentes formas, como imersões em ambientes de startups, aceleradoras e hubs de inovação, e participação em eventos com foco no tema. Atentas ao contexto da pandemia, muitas corporações estão adaptando essa etapa para o melhor formato de sensibilizar líderes sobre a importância de se relacionar com o ambiente de inovação aberta.

2 – Construir os primeiros business case

Os primeiros business case servem como aprendizado e podem ser feitos a partir da participação das empresas em um programa de aceleração, em Hackathons ou pela contratação de serviços de uma startup para um projeto específico. Nesta etapa, o objetivo não é promover algo transformacional na companhia, mas estimular o tema da inovação. A partir do primeiro business case, as organizações podem produzir avaliações e tangibilizar os passos iniciais para transformações mais amplas, alinhando objetivos estratégicos e as expectativas para as próximas etapas.

3 – Fazer negócios 

É a etapa para estruturar uma estratégia de inovação aberta de forma mais robusta e contínua, indicar os resultados desejados, identificar parceiros e definir programas. Aqui as companhias devem já estar caminhando por meio de ações concretas para trazer inovação e transformação para os negócios.

4 – Construir o DNA de inovação

Nesta etapa todos da companhia devem ser impactados por meio de uma cultura de inovação, entendendo quais stakeholders são parceiros, como contribuir com os processos de inovação e como vivenciá-los no dia a dia.

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