Teletrabalho e a segurança da informação: como fazer uma gestão eficiente

Confira quais os principais riscos para sua empresa e as boas práticas de especialistas. Evento foi realizado pela Comissão Digital da CCIFB-RJ

 

A situação de crise e confinamento com a Covid-19 gerou uma intensificação do home office e acesso a recursos de teletrabalho. De um lado configura-se um quadro de imprecisão causado pela pandemia, do outro a necessidade da continuidade de negócios e da segurança fora do perímetro das empresas. Para muitos, esse cenário nunca foi previsto. O alerta é  de Laurent Serafini, CEO da Velours International, empresa de origem francesa de gerenciamento de riscos e inteligência estratégica que atua no setor da segurança da informação, durante webinar realizado pela Comissão Digital da CCIFB-RJ, em 30 de abril.

“No caso das empresas que atendemos, 75% estavam preparadas para adaptar-se ao teletrabalho, mas 25% foram surpreendidas com a situação. A recomendação agora é ter tranquilidade, e não sacrificar a segurança pela eficiência”, ressaltou. 

De acordo com os dados apresentados, o período atual mais propenso a vulnerabilidade devido à crise, registrou aumento de ataques cibernéticos. No Brasil, falsos aplicativos fizeram 6,7 milhões de vítimas. As tentativas de golpes via Whatsapp cresceram 124%, usando em alguns casos o nome de grandes marcas para atrair as pessoas.

Nas organizações, de acordo com Antoine Blavier, diretor Operacional da Velours International no Brasil, especialista em segurança da informação, uma das ameaças crescentes ocorre através do SPAM. De acordo com ele, de forma geral, o período exige revisar as medidas adotadas. “É importante rever o cenário de ameaças e avaliar qual medida de segurança é mais eficaz. Muitas empresas já possuem estratégias definidas, o momento pede uma revisão de políticas e fundamentos, e adequação a esse novo cenário”, explicou.

 

O fator humano

Um dos elementos que forma o sistema de segurança da informação das empresas é o fator humano. Para Blavier, é fundamental adotar ações de comunicação e difundir informações de melhores práticas aos colaboradores.

“É essencial continuar a comunicar e educar as pessoas, orientar sobre como usar ferramentas de forma adequada e quais são os riscos apresentados. O maior vetor de ataques hoje é o SPAM, por isso, a importância em saber reconhecer essa ameaça. O fator humano faz parte do sistema da empresa e, desse modo, é normal falhar. Temos que ter ferramentas e ações para mitigar possíveis falhas”, completou. 


Confira as orientações apresentadas para gestão da segurança da informação e home office:

-Crie um Comitê de Gestão de crise para Segurança da Informação.

-Revise suas políticas, fundamentos e medidas de segurança.

-Repense os cenários de ameaça.

-Defina prioridades e plano de ações.

-Repita as ações, monitore e revise constantemente.

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